Dia de nuvens acinzentadas, de céu pesado apertando o coração.
A chuva que caiu na madrugada ainda resistia empoçada nas ruas, fazendo brotar
o mato desordenado, trazendo alívio a alguns.
Quem nunca perdeu para si mesmo? Quem nunca tropeçou em suas
próprias fraquezas e hesitou em ir adiante? Ou acreditou demais e de repente percebeu
que os maiores obstáculos deveriam ser driblados internamente antes de se
aventurar a desafiar o mundo lá fora?
Naquele dia, ela entendeu que no seu mundo era tempestade,
contrastando com o calor que mais tarde iluminaria a lua em raios, prenúncio de
águas fartas. Naquele dia, ela viu que não adianta olhar de cima, quando não se
consegue sequer entender o que está dentro.
O início de semana ainda vive dias anteriores, tenta
desentender o que compreendeu equivocadamente. Cada passo o início de um caminho
diferente ou rotas em círculo, paisagens que cansam pelo desencanto do que não
é mais.
Exercício constante: ver dentro para enxergar fora, desentender o que compreendeu equivocadamente
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