segunda-feira, 7 de abril de 2014

Dia que vai


Dia de nuvens acinzentadas, de céu pesado apertando o coração. A chuva que caiu na madrugada ainda resistia empoçada nas ruas, fazendo brotar o mato desordenado, trazendo alívio a alguns.

Quem nunca perdeu para si mesmo? Quem nunca tropeçou em suas próprias fraquezas e hesitou em ir adiante? Ou acreditou demais e de repente percebeu que os maiores obstáculos deveriam ser driblados internamente antes de se aventurar a desafiar o mundo lá fora?

Naquele dia, ela entendeu que no seu mundo era tempestade, contrastando com o calor que mais tarde iluminaria a lua em raios, prenúncio de águas fartas. Naquele dia, ela viu que não adianta olhar de cima, quando não se consegue sequer entender o que está dentro.

O início de semana ainda vive dias anteriores, tenta desentender o que compreendeu equivocadamente. Cada passo o início de um caminho diferente ou rotas em círculo, paisagens que cansam pelo desencanto do que não é mais. 

Um comentário:

  1. Exercício constante: ver dentro para enxergar fora, desentender o que compreendeu equivocadamente

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